A barbárie é, por exemplo, todo o grande volume de lixo que diariamente seus habitantes jogam nas vias públicas; assim é com as fezes de cachorros que são abandonadas pelas calçadas da cidade. E o vandalismo impune que picha e destrói casas e monumentos. Não sobra nada inteiro em Porto Alegre. Aqui, nada dura bonito por muito tempo. Li uma notícia sobre a exposição Cow Parade: esculturas bovinas foram pichadas, roubadas, queimadas. Tinha de ser em Porto Alegre!
O provincianismo é, por exemplo, a administração municipal construir um grande prédio, em pleno centro da capital, para abrigar os comerciantes ambulantes que infestavam as ruas e impediam os transeuntes de transitarem. Prédio grande, em pleno centro... talvez em outras cidades fosse construído algo bonito, algo que valorizasse a região, que chamasse a atenção pela beleza ou inovação, mas não em Porto Alegre. Não! Nunca! Em Porto Alegre essa construção deve ser tosca, deve parecer uma grande caixa reta e cinza de concreto. Bingo! Eis que temos o Camelódromo. Assim é também a duplicação de uma avenida adjacente a um parque; ela não pode simplesmente tomar área do parque, mas deve rasgar o parque ao meio, quebrar sua continuidade. E lá se foi o Parque Marinha do Brasil. Talvez à parte agora separada dêem o nome de algum notável, como se fosse um novo parque... Porto Alegre me dói!
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